O juiz-de-cadeira português Carlos Ramos, de 36 anos, apadrinhou do início ao fim mais uma fabulosa prestação de Roger Federer em Wimbledon: arbitrou o suíço no tradicional encontro que inaugurou a 121ª edição do torneio e voltou a dirigi-lo no momento histórico em que igualou o mítico recorde de Bjorn Borg.
Em 3h45, o número um mundial bateu o seu arqui-rival Rafael Nadal por 7-6, 4-6, 7-6, 2-6 e 6-2 - e, à semelhança do que sucedeu em 2006, aproveitou a sua maior propensão para jogar em courts de relva para vingar a derrota que o espanhol lhe infligiu na final de Roland Garros.No entanto, Nadal até foi mais autoritário a partir do segundo set e poderia ter resolvido o duelo a seu favor se tivesse aproveitado os quatro break-points de que dispôs no início da partida decisiva. Federer aguentou bem, sacudiu a passividade que vinha evidenciando e foi a jogar mais agressivamente que selou o encontro.“Estava quase a chorar quando fiz o 5-2”, confessou. “Passaram-me muitas coisas pela cabeça nessa altura. A pressão era enorme - ainda por cima, o Bjorn Borg estava a ver...”. O lendário sueco, que ganhou cinco troféus consecutivos entre 1976 e 1980, sentou-se no camarote real para assistir a uma cimeira que permitiria sempre a um dos finalistas igualá-lo; se tivesse sido Nadal a vencer, tornar-se-ia no primeiro a conseguir a “dobradinha” Roland Garros-Wimbledon desde Borg, em 1980.Para além do penta em Wimbledon, o 11º título do Grand Slam do suíço valeu-lhe 1 milhão de euros e também lhe permite igualar Borg (e Rod Laver) numa lista liderada por Pete Sampras (14).E o detalhe mais curioso do derradeiro jogo em Wimbledon surgiu mesmo no fim: Roger Federer vestiu a sua indumentária clássica (calças e blazer) e, quando ergueu o troféu, notou-se que tinha posto as calças ao contrário. Etiquetas: Roger Federer, Ténis, Winbledon |
