Novak Djokovic mostrou ontem por que o antigo número um do Mundo John McEnroe o aponta como o expoente da nova geração. Após três sets (7-6, 0-6 e 6-1) e 2 horas e 11 minutos de duelo com Richard Gasquet, a promessa sérvia – que se assume como benfiquista – recebeu o troféu de campeão do Estoril Open das mãos de Eusébio.

Djokovic, que esteve perto de se tornar um futebolista profissional ou esquiador por influência do pai, não escondeu a satisfação pelo triunfo na prova portuguesa. “Estou muito feliz por vencer mais um torneio e espero que o público tenha gostado”, disse Djokovic, que vestiu a camisola da selecção do seu país depois da final. O jovem de 19 anos não resistiu mesmo a ir buscar a camisola do Benfica para o ‘Pantera Negra’ autografar, indiferente aos assobios de um público maioritariamente adepto do Sporting. “É um grande prazer e uma honra estar com a lenda Eusébio. Espero voltar para o ano”, sublinhou.

“Um jogo estranho”, foi assim que o finalista derrotado Richard Gasquet definiu a partida. O primeiro set constituiu uma verdadeira batalha, apenas decidida no tie-break, com a vitória a pender para Djokovic “com sorte”, admitiu o sérvio que ocupa o quinto lugar do ranking mundial. No segundo parcial, Novak Djokovic ‘desapareceu’ do court, deixando o francês de 20 anos consumar um pesado 6-0. Com tudo em aberto para a derradeira partida, Djokovic exibiu-se ao mais alto nível e não deu chance a Richard Gasquet de voltar a vencer.

Sabia que ia ser um grande jogo, ele é um dos melhores do Mundo neste momento”, comentou Djokovic sobre o seu opositor, 15.º da hierarquia. O sérvio antecipou ainda a sua participação no maior torneio de terra batida, Roland Garros: “Vou fazer o meu melhor e entrar sempre para vencer. Este triunfo vai dar-me muita motivação para aquele que é um dos melhores torneios”.Fora do court, Djokovic mostrou-se igualmente um campeão na simpatia. O sérvio passou pelo complexo após o jogo e, apesar dos seguranças que o escoltavam, não hesitou em parar para dar autógrafos. Para os fãs que o procuravam apenas dizia: “Venham comigo e tragam a caneta”.