O director-geral da SAD benfiquista apresentou ontem a sua demissão, na sequência do arresto dos móveis da sua casa, alegadamente por decisão judicial. Em entrevista ao Jornal Nacional da TVI, José Veiga disse estar «fora do Benfica» e que já não vai acompanhar a equipa a Braga, onde sábado defronta o Sporting local.
O arresto de bens ocorreu na sua residência particular, em Cascais, devido a um processo interposto por um banco luxemburguês, o Dexia, contra a ex-empresa de José Veiga, a Superfute, que chegou a estar cotada em Bolsa no Euronext de Paris.O dirigente explicou que o diferendo com o banco, que reclama um milhão de euros, surge a partir do momento em que este considerou que uma operação de compra e venda de acções era um financiamento, enquanto José Veiga defende tratar-se de uma operação financeira. «Tive uma reunião com o meu presidente e pus o lugar à disposição, porque não vou estar disponível para continuar a trabalhar no Benfica desta forma. A partir deste momento entreguei a minha demissão, estou fora do Benfica e não quero ocupar mais nenhum cargo», declarou José Veiga.A presença no local de uma equipa de reportagem da TVI foi motivo de suspeita por parte do dirigente, que não esperava o arresto. Sem apontar responsáveis, José Veiga considera tratar-se de uma operação que visa «denegrir a sua imagem». O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, ainda não aceitou o pedido. Aparentemente está a tentar demover Veiga de abandonar o cargo de director-geral. |